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11/01/2013
Clima atual favorece desenvolvimento de canaviais do centro-sul
Por Fabíola Gomes

Um regime de chuvas mais equilibrado, dentro da média esperada no verão, intercalado por períodos de sol, deve favorecer o desenvolvimento dos canaviais na região centro-sul do Brasil, afirmaram especialistas.

"O clima está correndo muito bem, a condição é ótima para o canavial... Tem dias claros e chuva no final do dia, como se fosse irrigação, e isso tudo é muito bom para a safra", disse Julio Maria Borges, diretor da Job Economia.

A consultoria Job Economia ainda não tem sua estimativa para a nova temporada, mas concorda que diante da condição atual do clima a safra caminha para uma produção maior.

A região centro-sul concentra a principal área de cana do maior produtor global de açúcar e etanol (de cana), com uma participação que supera 90 por cento da safra nacional.

O cenário atual traz algum alívio a produtores que acompanhavam o clima com certa cautela, uma vez que a temporada mais úmida de verão começou com volume de precipitações ligeiramente abaixo da média.

O meteorologista da Somar Marco Antônio dos Santos lembra que os índices pluviométricos ficaram abaixo da normalidade entre o final de novembro e dezembro.

"Em parte de Mato Grosso do Sul, no Triângulo e Cerrado Mineiro e no sul de Goiás ainda não tinha chovido adequadamente, eram chuvas pontuais", disse. "Agora começa a chover com regularidade e isso vai contribuir para o desenvolvimento da cana", acrescentou.
Já o meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento observa que a região deverá registrar um volume de chuvas mais consistente, entre 250 a 300 milímetros, dentro da normalidade para o mês.

Para fevereiro e março, tradicionalmente, estes volumes diminuem ficando entre 150 a 200 milímetros.

"Dezembro pode ter assustado produtores, mas janeiro já veio com chuvas mais consistentes", afirmou.

Agora o setor deve seguir atento ao clima, uma vez que alterações neste padrão atual podem comprometer o desenvolvimento dos canaviais.

As estimativas mais recentes indicam um crescimento importante da safra de cana do centro-sul. A consultoria Datagro apontou a moagem entre 580 milhões a 590 milhões de toneladas em 2013/14, contra 535 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Já a Safras & Mercado prevê uma moagem de 600 milhões de toneladas de cana na safra que se inicia oficialmente em 1o de abril.

POTENCIAL

O presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Ismael Perina, também ressalta a situação de chuvas esparsas entre novembro e dezembro, mas pondera que o período à frente é muito importante para o desenvolvimento da cana.

Perina também destaca que as chuvas foram esparsas no começo do ano, mas pondera que a partir de agora os meteorologistas apontam para um volume dentro da média, o que deve levar a uma grande produção.

"Basicamente, o grande potencial de formação de massa ocorre entre o final de novembro, quando as temperaturas já estão mais altas, já começa a ter precipitação e o número de horas de luz é satisfatório, e março", disse Perina.

Ele explica que praticamente 30 por cento da formação da cana ocorre nesta época. "Se neste período a condição de clima é favorável, se houve algum estresse lá atrás, realmente se tem a recuperação (dos canaviais)", explicou.

O executivo pondera que esta atual safra, praticamente encerrada, não foi das melhores no tocante à qualidade e à questão preço, mas ela trouxe um certo alívio no caixa dos produtores.

"Eles investiram um pouco mais não apenas na própria reforma, mas no próprio cuidado com os canaviais mais velhos. Então existe uma tendência, muito alinhada com a questão climática, de se recuperar níveis de produtividade", disse Perina.

PRODUTIVIDADE

Perina lembra que o setor sofreu com a queda na produtividade no ano retrasado, reflexo dos efeitos climáticos, que levou o rendimento para 68 toneladas por hectare em média. A expectativa é de recuperação para níveis históricos de 75 a 80 toneladas gradativamente.
"Talvez não ainda este ano, porque tem ainda muita cana velha no ano, mas tende a se aproximar bastante", disse.

Segundo ele, as estimativas de mercado apontam a taxa de renovação entre 18 e 20 por cento da área total dos canaviais, processo no qual se substituem plantas mais velhas por variedades mais novas.

"É pouco em relação ao que está velho, porque ficou muito tempo muita coisa velha", afirma Perina.
(Reportagem Fabíola Gomes)

 
 
 
 
 
 
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